quinta-feira, 7 de julho de 2011

Seja um Economista! Uma profissão completa!


Um investimento relativamente baixo quando se analisa os retornos obtidos: estudar Economia nas Faculdades Santa Cruz vai mudar sua forma de pensar, agir e principalmente como investir dinheiro!! Além de te preparar para o mundo, e não apenas para uma carreira de sucesso!

Foi assim comigo e com todos que passaram lá, não vai ser diferente com você!
Se ainda existe uma dúvida quando te perguntam:

"Que área você pretende seguir?"

Se estudar Economia, sua resposta será:

"Em todas, pois estou preparada para isso!"

Economistas famosos:


PHILIP KOTLER
GURU DOS ADMINISTRADORES


MUHAMMAD YUNUS - NOBEL DA PAZ


MICK JAGGER


AMYR KLINK


BERNARDINHO

Escolha uma profissão completa
Seja Economista!

domingo, 3 de julho de 2011

Japão, Arroz e Candlestick


Ao pesquisar na internet sobre a origem de algumas receitas da culinária japonesa (para o próximo projeto "Economia e Culinária"), a palavra-chave foi arroz, obviamente. E durante a busca por uma receita em que eu pudesse contextualizar a visão econômica sobre tal assunto, lembrei da curiosa descoberta que havia feito durante os estudos de análise de candlestick. Encontrei esse texto abaixo, do blog do Carlos Alberto Debastiani, especialista em análise candles, relata a história dessa técnica criada através do mercado de arroz no Japão.


Um pouco de história sobre análise de candles


A técnica de análise de candles, também conhecida como análise gráfica de Candlestick, foi assim denominada por Steve Nisson, um americano que operava no mercado de ações de Nova York, no início da década de 80. Nisson descobriu a técnica ao observar uma colega de trabalho, de origem oriental, que atendia clientes japoneses da corretora onde trabalhava. Ela manuseava um gráfico estranho, que ele nunca tinha visto. Ele aproximou-se dela e começou a perguntar sobre aquele gráfico e como ela o utilizava. Depois de algum tempo ele se apaixonou pelo método e começou a estudá-lo com afinco. Buscou literatura no Japão e mandou traduzir diversos livros. Passou a utilizar a técnica do mercado de ações e obteve grande sucesso em sua utilização. Por suas mãos a técnica deixou de ser um "segredo" da cultura japonesa e ganhou o mundo.

Esse método, no entanto, é muito antigo e suas referências históricas mais remotas apontam para o Japão feudal do século XVIII, tendo sido mantido em segredo por mais de 200 anos. Nessa época o Japão vivia em clima de guerra, com frequentes confrontos entre os príncipes que dominavam as províncias que ainda não eram unificadas sob um império. A tradição japonesa refere-se a esse período da história como Sengoku Jidai (tempo do país em guerra).

Durante esse período conturbado, transportar cargas de arroz pelas estradas era perigoso, demorado e tinha custo elevado. Por essa razão, os fazendeiros preferiam guardar sua produção em armazéns, que forneciam certificados de propriedade que podiam ser negociados em todo o Japão. Aos poucos, o arroz foi se tornando a base da economia japonesa e uma espécie de moeda paralela. O centro comercial do arroz logo se estabeleceu em Osaka, que era uma cidade portuária e favorecia em muito o comércio e o transporte embarcado.

Nesse cenário surgem os mercadores de arroz, que se tornaram extremamente ricos. Um deles era Yodoya Keian, reconhecido por sua notável capacidade de transportar e distribuir o arroz. Sua influência fez surgir o primeiro local (bolsa) de negociação e comércio de arroz, por volta de 1730: o jardim de sua casa.



O domínio de Yodoya Keian sobre o mercado de arroz só terminou quando o governo militar, conhecido como Bakufu, preocupado com a riqueza e o poder dos mercadores, decidiu confiscar seus bens por considerar que ele vivia um "estilo de vida" acima de sua condição social, pois o país adotava uma cultura segmentada em castas.

As negociações em seu jardim terminaram, mas a idéia sobre a existência de uma bolsa de arroz não morreu. Mais tarde essa bolsa se estabeleceu oficialmente na cidade de Dojima, onde operavam cerca de 1300 traders de arroz.

Uma rica família de fazendeiros de arroz, de sobrenome Homma tinha sua base de negociação na cidade de Sakata, onde o comércio de arroz também era forte. Por volta de 1750 o patriarca da família Homma faleceu e o controle dos negócios passou para Munehisa Homma, que era seu filho mais novo. Na tradição hierárquica japonesa quem deveria assumir os negócios era o filho mais velho, mas a família já conhecia o talento de Munehisa para o comércio e resolveu entregar-lhe essa responsabilidade.

Munehisa Homma, nascido em 1724, foi um estudioso do mercado e desenvolveu elaborada teoria sobre seu comportamento. Registrava informações históricas detalhadas sobre as condições do clima e sua influência sobre os preços do arroz. Guardava também o histórico de suas próprias negociações. Dotado de grande capacidade de observação, percebeu que o mercado se comportava de forma repetitiva e que era possível identificar padrões para esse comportamento.

Para compreender tal comportamento, analisou os movimentos de preços do arroz desde a época em que os negócios eram realizados no jardim de Yodoya.

A forma que escolheu para ilustrar os preços era gráfica, através do desenho de barras brancas e negras semelhantes à velas, que eram o instrumento artificial de iluminação, na época. Com essa representação, Munehisa lançava "luz" sobre o mercado para tentar entendê-lo. O uso das cores branco e preto também tem significado. Na cultura oriental, o branco representa o elemento Yin (equivalente ao conceito ocidental do bem) enquanto o preto representa o elemento Yang (equivalente ao conceito ocidental do mal). Dessa forma, em um dia de alta o mercado estaria envolto em otimismo (energia positiva), enquanto em um dia de baixa estaria impregnado de pessimismo (energia negativa). Além disso, o contraste completo entre essas cores proporciona boa visibilidade para distinguir os dias de alta dos de baixa.

Conta a história que ele conseguiu realizar mais de 100 trades vitoriosos consecutivos, e que não havia sequer a necessidade de permanecer em Osaka para realizar as negociações. Utilizando-se de mensageiros colocados sobre telhados das casas que existiam ao longo do caminho entre Sakata e Osaka, ele transmitia as ordens de compra e venda do arroz por meio de um sistema de sinais feitos com flâmulas de diversas cores.

Em pouco tempo Munehisa passou a atuar na grande bolsa de Dojima, época em que acumulou grande fortuna. A precisão de suas análises era tamanha que o governo o contratou como consultor financeiro e lhe concedeu o título de Samurai.

A partir de 1755, Munehisa decide registrar oficialmente seu conhecimento e escreve "San-en Kinsen Hiroku", o primeiro livro conhecido sobre psicologia de mercado. Também são atribuídos a ele os livros "Sakata Senho" e "Soba Sai No Den". Dessa forma, Munehisa deixa ao mundo seu legado de conhecimento antes de morrer em 1803.

Das teorias que Munehisa Homma criou sobre o comportamento dos negociadores do mercado de arroz, surgiram as técnicas de análise de gráficos de Candlestick, que hoje são utilizadas em todo o mundo.



Imagens:
http://www.ndl.go.jp - The Meiji and Taisho Eras in Photographs.
revistapegn.globo.com - Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios - GLOBO.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Economia Internacional


Quando falamos da Economia em escala mundial, não estamos apenas falando do sobe e desce das bolsas, ou do PIB em relação ao outro. A Economia Internacional vai além de números e estatísticas. Conta também com outras variáveis como: cultura, política, geografia, etc... Como sempre, as Ciências Econômicas estuda os fenômenos sociais que afetam diretamente o bem-estar da humanidade.

Ao analisar as notícias do mundo, vejo que sempre há um motivo que envolve a economia. Vejamos o caso terrível do mais recente (e assustador) tsunami no Japão. Após ler o blog "Prosa Econômica", com o post "Contra a Maré" (link no final do meu post) comecei a estudar cada notícia de esfera mundial, e ver como cada acontecimento atinge direta ou indiretamente todos.

- Crise na Líbia

Há quatro décadas os líbanos vivem em um regime autoritário que nunca permitiu um crescimento econômico. Eles também sentiram que possuíam forças após as revoluções da Tunísia e do Egito, onde conseguiram derrubar o autoritarismo e conquistar a democracia, mesmo que ela ainda esteja em formação. Na Líbia há petróleo, e como não é diferente dos outros países que possuem esse ouro negro, sempre haverá conflitos e disputas ambiciosas. Além do preço do petróleo (que já mostrou seus efeitos), outro receio é de que seja cortado o fornecimento de petróleo e gás para alguns países da Europa. Se isso ocorrer, será uma crise generalizada que resultará em enormes prejuízos. Os motivos que incentivaram os cidadãos líbanos foram os mesmos dos egípcios: desemprego, preços dos alimentos cada vez mais altos, alta dependência das importações e gastos com armas militares.


- Desastre natural do Japão (o tsunami)

Os cálculos do Banco Mundial são de 5 anos o tempo de reconstrução das áreas afetadas pelo tsunami no Japão. Além de reconstruir toda região (Sendai), as indústrias estão sem energia suficiente para continuar com a produção. Com o agravamento da usina nuclear de Fukushima, a instabilidade aumenta, deixando milhões de empresas sem respostas. Para ter uma noção do caos mundial que esse triste ocorrido pode (e já deve estar) causando foi o anúncio da Nokia, pois como sua cadeia produtiva foi afetada, pode haver escassez de celular. Outra dúvida é quanto a produção do iPad 2, pois como alguns componentes são oriundos do Japão, a produção pode ser comprometida, gerando também escassez de produtos (as empresas que fabricam esses componentes podem sofrer com o problema da logística e também na fonte de matéria prima). Além de tudo isso, a questão que mais está sendo abordada é: energia nuclear é fonte segura de energia limpa? Sem dúvidas essa questão será a mais discutida após esse terrível ocorrido. Com certeza o mundo está desolado com a tristeza nas imagens (dignas de um filme de terror) e sabe que todos sentirão de alguma maneira o reflexo dessa catástrofe.

Essas foram as duas notícias que li estampadas na coluna "Mundo" de vários jornais. E certamente ao realizar análises sobres esses assuntos encontraremos um viés econômico ligando fortemente vários países. Pois tudo no mundo nos afeta, direta ou indiretamente, é só começar a olhar de maneira mais panorâmica.

Por isso eu digo: todos devem ser, um pouco que seja, Economistas.

Links:


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hoje estive vistando os calouros do curso de Economia da Faculdades Santa Cruz, na qual me formei no ano passado. Turma cheia, como a minha em 2007, alguns olhares desconfiados, outros para o notebook, mas a visita me fez bem. Acho que mais bem pra mim e para meu amigo WJunior (ou Dabliu Junior) do que para os que estavam sentados...

Sempre amei estudar, meus pais são testemunhas disso. E como sempre fui muito curiosa, o despertar pelo conhecimento surgiu em minha vida nos primeiros anos. Evidentemente que poderia ter sido muito mais produtiva, no entanto acredito que desempenhei bem meu papel como aluna. Ainda conheço minha professora do Jardim (Mariko!) e ela me reconhece, quando a encontro. Outro dia, passeando pelas ruas da minha cidade natal, encontrei um professor muito querido, Claudio. Ele foi meu professor no ensino médio na disciplina de Sociologia, e depois teve um encontro para formar grupos de estudo na faculdade, onde ele também lecionava. Nesse momento eu tinha 16 ou 17 anos, e já gostava de estudar nos momentos de lazer, e que a maioria das pessoas achavam que era para não estudar. Não me recordo se o grupo de estudos continuou, mas me lembro muito bem que aquele ambiente acadêmico me fascinava.

Em dezembro de 2006, já com 23 anos, entrei na faculdade. Ainda sem saber direito se o curso de Economia seria a melhor decisão. Não nego que na época foi o melhor custo benefício, mas hoje eu não imagino ter feito outra faculdade. Cresci como pessoa, como profissional, fiz amigos para a vida toda, assim como teve os invejosos que se tornaram "enemigos" (quem teve aula de Estratégia sabe o que eu quis dizer rsrsrs). Mas a maior riqueza foi encontrar um lugar onde me dava energias para viver longe da família, para acordar cedo e lembrar do quanto eu amo estudar. Na verdade, amo aprender e a curiosidade nata contribui fortemente.

Como já postei anteriormente, lá se foram 4 anos...

E hoje, estar ali na sala cheio de calouros, fiz um flash back do quanto eu aprendi, não só sobre as disciplinas mas como também sobre a vida. Vi o quanto amadureci e despertei para o conhecimento e como a Economia agregou valor em mim. Espero muito que os alunos tenham guardado algumas palavras do que dissemos, pois eu ficarei contente em plantar uma sementinha para despertar o conhecimento e a vontade de ser um Economista. O mundo anda precisando de muitas profissões, mas Economistas sempre irão faltar.

Foi muito bom retornar a faculdade sem ter a carteirinha. Não precisei do momento da colação de grau para sentir que valeu a pena. Ter ido ao campus hoje, e ver que valeu a pena todos os dias de aulas (com chuva, de ônibus, com sono, cansada, triste, com fome...), pois hoje eu sei o que não existem barreiras para seus objetivos. E quero sempre ter essa conexão, amo ser uma estudante, aprendiz, curiosa. Pois um dia quero muito poder ensinar.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Natal e a Economia

Quem não se encanta com a magia do Natal? Ou melhor: quem não sente o Espírito Natalino? Bem, essa data muito especial acaba tendo uma receptividade um tanto quanto divergente quanto a sua origem. Não quero aqui discutir como e quais foram os motivos para que o Natal fosse determinado sua comemoração no dia 25 de Dezembro. Apenas quero atentar para algumas características dessa época tão festiva e tão lucrativa. Sim, papai noel é capitalista.

Quando lembro do Natal, já me vem a mente a imagem do Papai Noel. O bom Velhinho, corcunda, que trabalha o ano todo feito um doido para atender a demanda dos que se comportaram bem. A cor original do Santa Claus não é vermelha, era marrom ou verde, há ainda uma discussão sobre isso. Bem, o que ressalto nesse "detalhe" é, se hoje tudo no Natal é vermelho, agradeçam à Coca-Cola. Sim, a cor preferida do Papai Noel é a mesma do Urso Polar. Em 1931 a Coca-Cola lançou uma campanha publicitária, que utilizou a representação do cartunista Thomas Nast, em 1886, só que com as cores da bebida viciante...

O menino Jesus do Presépio está perdendo espaço... Consequências do mundo capitalista. Não sou contra o capitalismo, só acredito que não existe mais outra maneira de viver se não for por esse sistema. Sistema de meritocracia, mas também de grandes despropósitos. O verdadeiro sentido do Natal é deixado de lado por conta do amigo-secreto (que jeito bom de vender bugigangas do R$ 1,99!!). Não vejo nada vazio, todas as lojas lucram. Isso é ruim? Não, obviamente. Isso aquece a economia, salva muitas empresas de fecharem o ano no vermelho (sem analogias a cor predominante) e até cria oportunidades de trabalhos que acabam descobrindo novos talentos. A Economia ganha muito com isso, obrigada!



Outra coisa que me faz pensar e questionar muito: o trabalho voluntário. Não sei se é a tentativa de ser um bom menino (ou menina) na noite para o dia que torna o terceiro setor mais ativo. Sabe, sou voluntária sempre que posso pelo Rotaract e sei que o mundo precisa da minha contribuição o ano todo . As pessoas passam por necessidades entre o Ano Novo e o Natal, e não só entre o Natal e o Ano Novo... As crianças nos orfanatos sentem falta de carinho em muitos momentos. Muitas gostariam de uma oportunidade de trabalho o ano todo. Não que o Natal não seja importante, acho que nessa época tudo torna muito mais sensível aos nossos olhos. Mas reconhecer que o próximo precisa de ajuda, não precisa ser Natal. Seja voluntário sempre. A pobreza do mundo está diretamente ligado à forma como você se mobiliza para que ela acabe.

A Economia no Natal, seja da visão social ou do crescimento econômico, deve ser sempre analisada com olhar crítico e principalmente com a mão no bolso. Gastos com coisas desnecessárias além de te deixar ainda mais endividado (e não me venha com o "eu mereço" que isso é discurso de pessoas que arrumam pretexto para serem gastadoras, e não de meritocracia). A sensibilidade deve estar sempre na vida das pessoas, para o bom senso e para a racionalidade o ano todo. Não podemos nos deixar influenciar pelo marketing gerado para o desencadeamento do consumo (a Selic vai aumentar...) e principalmente se perguntar: qual o motivo dessa tradição? É tradição mesmo ou foi algo imposto pelo mercado? Entender o que comemoramos. E principalmente precisamos resgatar o principal motivo dessa comemoração: o nascimento maior líder do mundo - Jesus Cristo. Seus ensinamentos servem para sua vida pessoal e profissional. (Não sigo nenhuma dica de livro motivacional, apenas a Bíblia me dá algumas orientações quando não encontro em lugar algum, e mais nada).

Meu desejo é que todos possam entender como a lógica do marketing funciona em nosso consumo e como ela pode ser incorporada em nossas tradições de forma lúdica e romântica. O mundo precisa de muitas pessoas dispostas a querer mudá-lo e sem que aceite as imposições em função do consumo, as quais não contribui para uma sociedade mais crítica e construtiva.

Seja a mudança que quer ver em 2011. Feliz Natal!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

E lá se foram 4 anos...

Hoje foi oficialmente o meu último dia de aula na faculdade. Há dias eu já sentia uma tristeza, misturada com alegria e motivação, mas hoje foi especial. Olhei com detalhe a expressão do meu professor, registrei na memória os traços fortes de lápis na prova do meu amigo, que sentou ao meu lado. Ao entrar na sala do meu coordenador (e amigo), reforcei: "é a última vez que entro aqui como aluna". Ao entregar os livros na biblioteca, fixei meu olhar nos livros e pensei: "esse acervo não será mais visitado por essa menina curiosa, feito Alice no país das maravilhas, que lê livros de outras disciplinas e tudo o que colocar na frente".

Durante todos os 4 anos, aprendi muito mais do que teorias econômicas. Lições de vida que levarei comigo para sempre, verdades incontestáveis (e infelizes), como também descobertas maravilhosas. Quem eu achava que era amigo na verdade nunca foi e, quem eu jamais pensei seria, hoje é minha riqueza, um belo "legado bacharel", posso dizer. O carinho de cada professor, cada qual com sua particularidade e excentricidade, vai fazer falta. Os "mimos" que senti ao longo do curso pode me deixar mal acostumada com as verdades da vida acadêmica. Tive dias de pura adolescência, com amor platônico que depois se tornou namoro de verdade. Em muitos momentos senti o peso de representar pessoas com tanta personalidade, e faltou jogo de cintura para levar tudo até o final. Houve paciência para contornar situações desagradáveis com professores, mas também picos de exaltação em que os nervos estavam à flor da pele que ficarão na lembrança de uma turma tão ímpar...

Com toda bagagem que a faculdade me deu, ainda sinto que falta muito. Em termos acadêmicos, não sou nada. Economista de verdade, só me considerarei após doutorado. Aí sim vou poder dizer que sou "dotôra". Agora é como se eu pudesse ver uma brecha de uma porta se abrindo, com uma intensa luz por trás dela. Cabe a mim, apenas a mim, abrir a porta e conseguir encarar essa luz e tentar fazer parte do brilho, que ofusca os outros que estão vendo brecha, ou verão lá no futuro. Tenho a opção de usar óculos escuros, mas não poderia ver a beleza ao fazer parte dessa luz. Também tenho a opção de fechar essa porta e abrir outra, afinal, conhecimento nunca é demais e quem sabe de tudo um pouco, acaba sabendo mais.

Agora não é hora de sonhar com a profissão, mas sim fazê-la acontecer. Já nos ensinaram a pescar e nos mostraram onde fica o rio, só falta colocar a isca no anzol... Uma etapa eu já venci, mas ainda falta tanto... Dedicação e determinação são as palavras de agora em diante. Mais um ciclo que se fecha, mas outro se inicia, com suas surpresas e desafios.

Sentirei saudades das aulas, da rotina, da relação com os doutores, mestres e professores que tanto me ensinaram. Mas agora é hora de inspirar e experimentar tudo o que é de novo que a vida lhe proporciona. Enjoy it!

Boa sorte à todos os universitários do Brasil! Que a determinação e a garra estejam contigo!
The show must go on...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Guerra Cambial - o que vem a ser isso??

Muito se fala na guerra cambial, mas poucos entendem. Vou tentar explicar aqui, de forma bem simples (espero!). Não vou usar economês, vou me esforçar!!

Bem, com a crise do sub-prime (títulos podres que ninguém dizia que era podre, e que se espalharam pelo mundo), causou vários impactos na economia. Para que o estrago não fosse maior, autoridades monetárias entraram em ação para salvar os países em crise, afinal, as dívidas soberanas (do governo) e o desemprego estrariam em níveis jamais imaginados. Os EUA, como o país mais afetado por essa crise, teve que tomar um rumo, pois outras formas de levantar a economia (digamos, as cartadas que poderiam ser dadas) já eram...

Opçõe para aquecer uma economia de um país (básicas):

1- Taxa de juros: Nos EUA, beiram 0%, e como não pode ficar negativo (hahaha), fica do jeito que tá - NÃO MEXE NO QUE TÁ QUIETO.

2- Aumento dos gastos do governo: é uma forma de aquecer a economia, mas a esas altura do campeonato, os americanos não querem gastar muito (já gastaram o que não tinham....)

Então o jeito foi mexer no dólar! Emitindo mais moeda, enxurrada de dólar pelo mundo.... Muita oferta, o preço cai, como banana nanica na feira de Registro-SP (terra da banana).

Desvalorizar o câmbio é uma forma de estimular as exportações, fortalecendo o mercado interno. (A China faz isso, artificialmente). Mas nesse cenário, o Real ficou mais caro, estimulando a importação e prejudicando as exportações. Isso também contribui para manter a inflação na linha, pois como lembro das aulas do grande Corinthiano Profe San Martins, a importação entra como concorrente no mercado nacional, aumentando a competitividade entre os agentes (competição de empresas = preço baixo).

E nessa onda, o IOF (Imposto sobre Operaçaõ Financeira) para investimentos estrangeiros está a 6%. Segundo as palavras do grande Guigui (Guido Mantega, Ministro da Fazenda) esse aumento tem com objetivo diminuir a rentabilidade e afastar aqueles que querem "usufruir" dos altos juros que o Brasil paga. A intenção é fazer o gringo deixar a grana aqui por mais tempo, para ele ganhar o suficiente para pagar os 6% e ainda levar lucro. Se ele entrar aqui, investir, e sair em um ou dois meses, o investidor vai perder grana.

Tudo na Economia é regido pela oferta e procura. Com o câmbio isso não poderia ser diferente: a oscilação do preço (tudo na economia é determinado pelo preço) é o indicador se está entrando muito dólar no país ou não. No caso de hoje (Dólar a R$ 1,6760) é sinal de que dólares estão entrando muito... (Para comprar 1 dólar, você precisa de 1 real e mais 67 centavos para comprar) Estamos pagando "caro" por 1 dólar (há quem pague, então eu vendo).

Basicamente, Guerra Cambial é isso: tentativa de salvar a economia de um país, mesmo que a pimenta nos olhos dos outros seja refresco...