quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Calculadora maluca" diz quando comprar e vender ações da Bolsa

Ferramenta nasceu de conceitos de economia, geometria e astrologia; analistas alertam para riscos de métodos que parecem mágicos

Olívia Alonso, iG São Paulo | 25/08/2010 05:45

Imagine uma calculadora capaz de apontar quando a Bolsa de Valores vai atingir máximas e mínimas. Com ela, o investidor sabe o momento certo de comprar e vender as ações e, assim, ganhar dinheiro. É o que faz o economista José de Oliveira Barros, que trouxe a chamada “Calculadora dos Quadrados Naturais” dos Estados Unidos para o Brasil e afirma ter ficado “muito bem financeiramente” com ela. O método é tentador, mas requer cuidados, segundo analistas.

Criada no início do século passado pelo matemático e operador de mercado norte-americano William Delbert Gann, a Calculadora dos Quadrados Naturais é composta por réguas circulares e retangulares, números e ângulos. A partir do posicionamento das réguas em datas e números (que podem significar preços ou pontos), os ângulos formados entre elas ditam se o momento é de virada de preços (“turning points”), suporte (valor mínimo) ou resistência (valor máximo). Há uma legenda para indicar o que significa cada ângulo.

Com a ferramenta, Barros diz que foi possível prever os pontos máximos do Ibovespa – o índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – em 2008 e 2009. Em um relatório publicado em 2007, o economista havia ditado o comportamento do índice para o ano seguinte. Para chegar aos números, ele posicionou as réguas nos ângulos que, na legenda, correspondiam aos pontos de máximas. Além disso, o uso da calculadora requer também o conhecimento de um componente da análise gráfica tradicional, que é a observação da performance do preço do ativo na história, segundo Barros.

“Antes de ler a calculadora, é preciso conhecer o histórico do mercado e analisar graficamente se o movimento é de ascensão ou declínio”, explica. Pelo histórico do ativo, o analista projeta os ciclos no futuro e identifica se a trajetória é para cima ou para baixo. Para isso, Barros possui uma base de dados e estuda constantemente o comportamento das commodities, ações ou índices de ações. Para este ano, ele diz que as réguas apontam para um terceiro trimestre ruim para o Ibovespa. “A tendência é de baixa até 2012”, completa.

Calculadora dos Quadrados Naturais foi elaborada a partir de conceitos de astrologia, geometria, economia e religião

Método atemporal

Para fazer projeções como a do Ibovespa, Barros diz ter estudado a Calculadora dos Quadrados Naturais e seu criador, o matemático William Delbert Gann, durante mais de quatro anos. “Eu atuava no mercado desde 1985, mas em 2006 decidi deixar tudo e me dedicar ao estudo do método de Gann, que eu já conhecia um pouco”, conta.

Fonte: http://economia.ig.com.br/mercados/capitais/calculadora+une+astrologia+e+economia+para+quem+investe+em+acoes/n1237758273089.html

Comentário: Eu ainda prefiro Análise Técnica e Análise Fundamentalista.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

“O autoengano e a economia”, por Hugo Meza e Marcus Eduardo de Oliveira

23 de agosto de 2010


Alguns dos títulos de livros de autoajuda disponíveis nas prateleiras das livrarias brasileiras, dentre outros, são: “Quem pensa enriquece”; “10 respostas que vão mudar sua vida”; “Mentes brilhantes, mentes treinadas”; “Como fazer os deuses trabalharem para você”.

Todos esses títulos, e mais um monte deles, classificados como de autoajuda, objetivam encorajar as pessoas a acreditarem que podem cumprir seus objetivos, que são capazes e que, cedo ou tarde, vencerão num mundo cada vez mais marcado pela dinâmica da competição e do “salve-se quem puder”.

Dados da Câmara Brasileira de Livros, corroborado pelas listas de livros mais vendidos divulgados em jornais e revistas de grande circulação nacional, mostram nos últimos anos um crescimento exponencial desse tipo de literatura no país, o que indica, certamente, que cada vez mais, as pessoas perseguem seus objetivos coadjuvados por elementos motivacionais. A lista desses títulos, reiteramos, é extensa e seus autores estão mais populares a cada dia. Desse modo, isso nos permite fazer algumas considerações pertinentes, uma vez que a palavra-chave, neste tipo de literatura é motivação.

O termo motivação deriva do latim movere, que significa mover, perseguir objetivos. É mais ou menos isso que os livros acima citados pretendem fazer: mexer com os ânimos internos de tal forma que possam viabilizar ou, pelo menos, estimular a tentativa de levar cada um ao objetivo final, qual seja: conseguir os resultados esperados.

Ao se valer deste tipo específico de literatura, procurando ajuda externa para animar a vontade interior, reside, todavia, uma pergunta que nos leva à reflexão e que permite, por conseguinte, alguns desdobramentos: isso seria um ato de autoajuda ou de autoengano?

O biólogo Robert Trivers, considerado o principal expoente da Psicologia Evolutiva, defende que os humanos evoluíram para acreditar em mentiras que os façam se sentir melhores e que justifiquem, doravante, suas atitudes. Nessa mesma linha de raciocínio, o economista brasileiro Eduardo Giannetti da Fonseca escreveu uma obra precisamente com um título bem provocador: “Autoengano”.

Na obra, Giannetti discute a possibilidade de que nós humanos estejamos seriamente enganados sobre nós mesmos e sobre crenças, paixões e valores que nos governam. Estaríamos, na opinião desse autor, numa espécie de completo autoengano – por vezes, sem mesmo nos darmos conta disso. Este autoengano seria, portanto, mais complexo e perfeito, quanto menos for um ato planejado ou voluntário, daí a necessidade de se ter elementos internos e externos para poder contribuir para a obtenção dos resultados.

Assim sendo, a autoajuda seria o processo pelo qual os seres humanos se predispõem (na verdade, se autoenganam) a receber estímulos internos e externos para conseguir atingir objetivos pré-determinados. Aparentemente, haveria um complô estabelecido por nós mesmos que muitas vezes seria coadjuvado por elementos externos (é neste ponto que a literatura de autoajuda se encaixa e faz relativo sucesso, explorando um nicho em nosso comportamento, pois percebe a existência de certa “fraqueza” em nossas atitudes comportamentais) em procura de resultados esperados.

Conquanto, mesmo que sejam temporários (e na maioria de vezes de fato são), estes resultados causariam sensações de bem-estar compartilhado. Portanto, a motivação (o mover-se, ainda que de forma individual) seria uma atitude oportunista do ser humano cujo resultado aponta o dedo em riste para a sensação de vida melhor – uma espécie de realização hedonista preconizada pelos clássicos gregos da Filosofia.

Na esteira destes comentários, é oportuno lembrar que no século XIX, o economista e filósofo moral escocês Adam Smith (1723-1790) escreveu “Teoria dos Sentimentos Morais”, por sinal, seu primeiro livro publicado em 1759, apontando que “os seres humanos são entes racionais que sempre perseguem seu autointeresse. Porém, mesmo seguindo esse interesse próprio, a racionalidade humana, se tiver liberdade para ser expressa e praticada, levaria ao progresso da sociedade”.

Segundo Smith, o mercador ou comerciante, por exemplo, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade.

Interpretando o ponto de vista de Smith é perfeitamente possível ter equilíbrio econômico sendo egoísta e se autoenganando. Nisso não reside nenhum conflito, em nosso entendimento. Nessa mesma ótica, o economista canadense radicado nos EUA, John Kenneth Galbraith (1908-2006) afirma que “os seres humanos, em contraste com as máquinas, avaliam suas próprias posições em relação ao valor de outras e passam a aceitar os objetivos dos outros como os seus, ou seja, um autoengano coletivo com benefício comum”.

É mister reiterar, por outro lado, que a teoria econômica também mostra (e não mascara) as limitações do ser humano. Wiliam Stanley Jevons (1835-1882), economista que se especializou em estudar filosofia e moral, menciona esta temática quando trata de dois dos sentimentos específicos: prazer e sofrimento. Estes seriam como variáveis opostas que devem ser somadas para obter uma espécie de saldo de bem-estar. Uma vez mais, temos aqui a conotação de que a teoria econômica faz uso do cabedal filosófico para expor seus argumentos. Dor e prazer seriam as duas sensações a que o Homem, do passado e dos dias hodiernos esteve, está e estará sempre exposto. Para alcançar a felicidade procura-se, grosso modo, evitar a primeira e realizar-se plenamente na segunda. Não por acaso, os escritos dos economistas utilitaristas, dentre eles Jeremy Benthan (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873), afiançam esses princípios.

Voltando a Jevons, temos que, o homem nunca está feliz, mas sempre está para ser feliz, e é por esse desafio que é levado a, frequentemente, tomar uma série de decisões ou escolhas dentro de um contexto de pura racionalidade limitada (poucas informações, políticas tendenciosas, etc.).

Nesse pormenor, o processo de escolha, enaltecido por Jevons, seria o objetivo de análise mais considerável do universo da ciência econômica, ainda que paire discordância sobre isso.

No entanto, tudo depende, em termos econômicos, das boas escolhas, nos diz o economista liberal francês Guy Sorman. Essas escolhas, feitas por nós, carregam consigo o postulado defendido com unhas e dentes pela Escola Austríaca de economia, também de cunho liberal, qual seja: é a ação humana que aponta para a capacidade de fazer uma economia prosperar.

Nesse sentido, entendemos que a ação humana é movida pelas ideias que nos levam, na ponta final do processo, às escolhas. Reiteramos, todavia, o cuidado para não confundir ideias com capital humano. As ideias existem em função do capital humano. No entanto, elas somente, isoladas e não levadas a bom termo, não servem para nada. O que nos faz avançar são nossas ações. Leonardo Boff, teólogo brasileiro, a esse respeito é pontual: “Ideias boas podemos até tê-las, mas o que de fato move o mundo são nossas ações”. Reside aí, contudo, o fato de defendermos a inclusão das pessoas no conjunto de operações da economia. Se, de fato, agimos para maximizar nossas vantagens materiais, nada mais justo que inserir e combinar vontades com a participação de cada um. Edmund Phelps, outro nome consagrado da teoria econômica contemporânea reitera que “a boa economia é a que satisfaz a aspiração a uma vida boa”. Isso é, na essência, o que todos buscam ao frequentar o tipo de literatura que mencionamos no início deste artigo; ainda que seja no mais completo autoengano.

Sendo assim, há algo que ainda precisa ser dito: essa situação deixa o ser humano em situação vulnerável e, muitas vezes, dependente (viciado) de estímulos internos e externos. Esse contexto é aproveitado comercialmente pela prática da autoajuda que cumpre papel similar ao da religião. Neste caso, contudo, o faz fornecendo uma espécie de salvação necessária para minimizar impactos negativos de escolhas (ações) erradas ou para contribuir com a obtenção de resultados (objetivos) propostos. Neste caso, ademais, estamos convencidos que a autoajuda seria, na verdade, um completo autoengano.

* Hugo é economista, doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor geral das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba.

**Marcus é economista pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco (FEAO), mestre pela USP e professor de economia da Faculdade de Ciências da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (FAC-FITO) e da Fundação Instituto de Ensino para Osasco (UNIFIEO).

http://www.oeconomista.com.br/o-autoengano-e-a-economia-por-hugo-meza-pinto-e-marcus-eduardo-de-oliveira/

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Carreira & Sucesso


Quais as profissões que vão bombar no futuro?

Pedimos a especialistas que contassem para a gente que carreiras vão oferecer mais vagas e melhores salários nos próximos cinco anos, exatamente quando você estiver entrando - ou prestes a entrar - no mercado de trabalho. Entre elas estão as profissões de biotecnologa e engenheira ambiental



Para chegar às carreiras apresentadas na edição de agosto (1102) da revista Capricho, os especialistas ficam ligados em tudo o que rola com a economia do país e do mundo. Depois, fazem projeções baseadas nesse cenário. Claro: para decidir que profissão seguir, você tem que levar em conta também outros fatores, principalmente a sua vontade e o que considera ser a sua vocação. Mas vamos combinar que saber quais áreas são mais promissoras é, no mínimo, um ótimo critério de desempate! Então, se ligue!

BIOTECNÓLOGA
Área:
ciência.
Por que apostar: a expectativa de vida no Brasil está aumentando. Hoje, há 19 milhões de idosos no país mas, em 2025, 32 milhões de brasileiros terão mais de 60 anos. E a biotecnologia se encarregará de cuidar da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas.
O que estudar: engenharia de bioprocessos, engenharia química e biotecnologia ou tecnologia em bioprocessos.
Quanto ganha: pelo menos R$2,5 mil.

ENGENHEIRA AMBIENTAL
Área:
sustentabilidade
Por que apostar: muito se fala em energias sustentáveis, aproveitamento dos recursos naturais e cuidados para diminuir a poluição. Mas ainda não há especialistas suficientes nessa área e, como infelizmente nossos problemas são sérios, daqui a anos eles continuarão precisando de solução.
O que estudar: engenharia ambiental ou engenharia de recursos hídricos e do meio ambiente.
Quanto ganha: pelo menos R$ 3,5 mil.

ANALISTA DE MÍDIAS DIGITAIS
Área:
internet.
Por que apostar: não é só a gente que adora o Twitter e o Orkut. As redes sociais são o novo meio de comunicação entre empresas e clientes. Dominar as ferramentas delas vai garantir o seu espaço no mercado de trabalho!
O que estudar: relações públicas, publicidade e propaganda, marketing e comunicação social.
Quanto ganha: pelo menos R$ 2,2 mil.

AGENTE DE TURISMO
Área: serviços.
Por que apostar: por causa da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o mercado de turismo crescerá muito no Brasil nos próximos anos. Em 2015, serão ao menos 10% a mais de visitantes do que no ano anterior. E, nas Olimpíadas de 2016, o número de turistas no país deve aumentar em 79% em relação à Copa de 2014!
O que estudar: faculdades de turismo e hotelaria e gastronomia.
Quanto ganha: pelo menos R$ 1,8 mil.

PROGRAMADORA
Área:
tecnologia da informação.
Por que apostar: em 2013, haverá um déficit de profissionais de 140% nessa área no Brasil. Ou seja, para atender o mercado, a oferta de mão de obra teria que mais que dobrar. O que um profissional de TI faz? Cria programas e sistemas, desenvolve sites e cuida do banco de dados de empresas.
O que estudar: engenharia da computação, análise de sistemas ou sistemas da informação.
Quanto ganha: pelo menos R$ 2,5 mil.

ANIMADORA DE 3D
Área:
computação gráfica.
Por que apostar: a indústria de cinema investe cada vez mais nesse formato de filmes - o primeiro 3D brasileiro deve ser lançado neste ano. As redes de TV também já estão estudando formas de produzir e transmitir com essa tecnologia. Além disso, você pode trabalhar criando ilustrações para o mercado publicitário.
O que estudar: design digital, design gráfico e cursos técnicos de design.
Quanto ganha: pelo menos R$ 2 mil.

sábado, 14 de agosto de 2010

EnTenda de Economia - 2010

EnTenda de Economia é uma das ações planejadas pelo Corecon-Pr para comemorar os 59 anos da Lei 1.411/51, que regulamentou a profissão do economista. O projeto tem a finalidade de aproximar o Economista da população, enaltecendo a importância da sua atuação em diversas áreas. Para o Conselho da categoria, este é um modo de destacar o Economista perante os demais profissionais na sociedade, esclarecendo que ele é o profissional mais capacitado para entender e interpretar os fatos econômicos que afetam o cotidiano das pessoas.


Na sexta-feira, dia 13 de agosto, Dia do Economista, o Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-Pr) realizou o projeto EnTENDA de Economia, que levou informações importantes para a população de como planejar o orçamento doméstico. O evento aconteceu nas cidades de Curitiba, Cascavel, Londrina e Guarapuava, com atendimento gratuito ofertado por economistas e acadêmicos do curso de economia. Esta ação tem como objetivo comemorar o Dia do Economista promovendo atividades que estimulem uma discussão econômica, visando fortalecer e destacar a importância deste profissional perante a sociedade.


Economistas, alunos e professores da área vão desenvolver uma grande ação de cidadania nesta data, esclarecendo dúvidas da população sobre diversos assuntos ligados à economia como taxa de juros, inflação, câmbio, importação, exportação, subsídio, taxa, tarifa, imposto, bolsa de valores, ações, produtos financeiros, além de procurar entender melhor como funcionam as operações para a obtenção de empréstimos, financiamentos, uso do cartão de crédito e do cheque especial, aplicação na bolsa de valores, entre outros.


Cartilha: “EnTENDA de Economia: dicas para o consumo consciente”, que traz uma orientação completa para auxiliar o consumidor no planejamento eficiente dos seus gastos. A cartilha foi elaborada pelos alunos de economia da Universidade Federal do Paraná em parceria com o Corecon-Pr.

Comentário: Aprendi mais do que contribui. Aprendi ensinando, ouvindo, olhando nos olhos. Muitas pessoas acreditam que a Economia não é algo distante, mas tentei explicar que isso não é verdade. A falta de dinheiro no final do mês foi o que mais ouvi. Outros tentavam entender o que se faz para emprestar dinheiro. Raríssimas pessoas me perguntaram sobre taxa de juros, câmbio ou a crise financeira... E são tantas coisas que refletem diretamente na vida das pessoas...

A Economia é a vida, resumida em estudo e trabalho (para a nossa vida cotidiana).
Estudar: para ter um bom trabalho ou que lhe permita exercer uma profissão, que chamarei de trabalho (fonte de renda), que financie mais coisas boas na vida;
Trabalhar: ganhar dinheiro , para financiar a vida;

Fases da vida:
Infância: Alguém, que possui uma boa fonte de renda e estudou para que isso acontecesse, sustenta os pequenos;
Juventude: Começam as coisas boas da vida, que são financiadas pelo seu trabalho;
Casar: quem casa quer casa e faz festa - tudo depende do seu trabalho - do quanto se ganha - de acordo com seu nível de escolaridade;
Filhos: dívidas por até 25 anos e depende do quanto se ganha, dado o nível intelectual adquirido (dos pais e dos filhos);
Divórcio: Bens, que por sua vez, são oriundos de anos de trabalho (espera-se que sim);
Terceira Idade: Aposentadoria, Plano de saúde...

Dá pra imaginar a nossa vida sem Economia? :D


"Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí “regras da casa (lar).”

Ela estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazê-las. Assim sendo, esta ciência está intimamente ligada à política das nações e à vida das pessoas, sendo que uma das suas principais funções é explicar como funcionam os sistemas econômicos e as relações dos agentes econômicos, propondo soluções para os problemas existentes.

A ciência econômica está sempre analisando os principais problemas econômicos: o que produzir, quando produzir, em que quantidade produzir e para quem produzir. Cada vez mais, esta ciência é aplicada a campos que envolvem pessoas em decisões sociais, como os campos religioso, industrial, educação, política, saúde, instituições sociais, guerra, etc." (http://www.oeconomista.com.br/conceito-de-economia/)


“Perante Deus eu Juro fazer da minha profissão de Economista um instrumento não de valorização pessoal, mais sim utilizá-lo para promoção do bem estar social e econômico de meu povo e minha nação, cooperar com o desenvolvimento da ciência econômica e suas aplicações, observando sempre os postulados da ética profissional.”

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

13 de Agosto (Sexta-feira) : Dia do Economista!

Por João de Alcântara Lopes
(Conselheiro do Corecon-GO)

O economista é um profissional que se dedica ao estudo e análise das causas, efeitos e consequências dos fenômenos sociais, nos aspectos estruturais e conjunturais, formulando, por conseguinte, diretrizes e planos relacionados à atuação dos agentes econômicos do setor público e do setor privado em suas diversas modalidades e matizes.

O economista é esse profissional que está atento às mudanças e tendências dos panoramas e cenários econômicos, no sentido de programar, reprogramar e buscar corrigir distorsões e desvios de rumo para a consecução dos objetivos desejados.

Sentimos muito orgulho de pertencer a uma categoria de profissionais que luta constante em busca de soluções adequadas para os problemas econômicos e sociais que afligem diuturnamente a sociedade brasileira. Que está sempre presente, atuante, procurando encontrar os meios mais eficazes de solucionar esses problemas. Que busca mostrar à sociedade um caminho mais seguro e eficaz que atenda aos seus anseios de uma vida mais saudável e feliz no presente, e mostre no horizonte o cenário de um futuro mais próspero, com a esperança de realização de ações que propiciem a esta Nação dias melhores e à sociedade melhores condições de qualidade de vida e de cidadania plena.

Neste dia, Dia do Economista, conclamo todos os colegas economistas a refletir sobre sua grande responsabilidade e importância para com o desenvolvimento de nosso País, pelo seu preparo e conhecimentos adquiridos (tanto nos bancos das universidades, como no campo profissional) ao longo do tempo de suas atividades, vivências e experiências profissionais. Convido a perguntar-se o que realmente tem feito ou o que pode fazer ainda mais para ajudar esta grande Nação a sair do marasmo do subdensenvolvimento e partir para um desenvolvimento sustentável, saudável e perene.

Somos um País de grande potencial, com enorme probabilidade de se tornar (num futuro não muito distante) uma das maiores potências econômicas do planeta. Pelas suas abundantes riquezas minerais, terras agricultáveis à vontade (produzindo alimentos para o consumo interno e abastecendo os celeiros mundiais), fontes de energia renovável (biocombustíveis); e pelo espírito empreendedor do empresariado brasileiro, que não mede esforços para a realização do grande desafio do desenvolvimento industrial, principal responsável pelo crescimento econômico dos últimos tempos, e de um povo que tem partilhado dos bons e maus momentos desta Nação com coragem, determinação e perseverança, não abandonando jamais os seus deveres e obrigações como cidadãos e pais de família, que estão sempre de prontidão para enfrentar os revezes da vida e continuar a luta do dia-a-dia.


Ser economista é, acima de tudo, uma missão, um “sacerdócio” adotado para trilhar uma filosofia de vida voltada a promover o bem-estar da humanidade, pela sua preocupação em propiciar os meios mais saudáveis de conquista de uma vida digna e feliz.

Assim, caros colegas economistas, a hora é esta, não vamos cruzar os braços diante dos desafios e obstáculos que se nos apresentam à nossa frente diuturnamente; façamos acontecer as mudanças necessárias para impulsionar o desenvolvimento desta grande nação; estejamos sempre unidos e atentos, pois a união faz a força propulsora para a consecução dos nossos objetivos.
Não nos dispersemos, não deixemos o barco passar, não vamos perder o trem da história.

Finalizando, cito mais uma vez a sabedoria de um provérbio chinês: “Há quatro coisas que não voltam atrás: A flecha lançada, a palavra proferida, a oportunidade perdida e o tempo passado”.





quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Janela Econômica

BRASIL-RÚSSIA: COMÉRCIO INTERNACIONAL E EXPECTATIVAS FUTURAS NO BRIC





Irene Starepravo, Priscila Saito e Walcir Soares Junior



As relações comerciais entre Brasil e Rússia se fortaleceram com o fim da URSS, com o Brasil sendo um dos primeiros países da América Latina a reconhecer a nova situação jurídico-política da Rússia em 1991, surgindo assim, interesses globais de comércio para ambos.


Nesse período, tanto a Rússia quanto o Brasil tiveram a abertura e modernização de suas economias e liberalização do comércio. O volume do comércio exterior foi de US$ 34,5 bilhões para a Rússia e de US$ 33,1 bilhões para o Brasil. Em 2008, o volume de exportação para a Rússia foi de US$ 4.652 bilhões, reduzindo em 2009 para 2.868 bilhões, uma queda bastante significativa na Balança Comercial.


Já a Rússia exportou para o Brasil em 2008 um volume de US$ 3.332 bilhões e US$ 1.412 bilhões em 2009. A maior parte do volume importado pela Rússia são produtos agropecuários brasileiros, carnes suínas, bovinas e aves, açúcares e confeitaria. A carne bovina teve uma redução na importação nos últimos anos por causa de possíveis casos de febre aftosa em alguns rebanhos no sul do Brasil, prejudicando esse comércio. Contudo, os acontecimentos recentes de boicote do frango americano contribuíram para a prospecção de novos aumentos na exportação de carne brasileira e tecnologia do sistema bancário exportada do Brasil.


As importações do Brasil concentram-se em matérias-primas para a fabricação de adubos e fertilizantes, alguns tipos de borracha, armas e munições entre outros. Nos primeiros meses do ano de 2010, a relação comercial entre estes países em comparação ao mesmo período do ano passado, teve uma melhora quanto ao volume de negociações, até porque os países integrantes do BRIC foram menos afetados com a última crise iniciada em 2007 nos EUA e conseguiram se recuperar mais rapidamente.


O percentual de participação dos dois ainda é insignificante. Dados de uma média da última década, as importações brasileiras representam em torno de 0,5% das exportações da Rússia, e as exportações brasileiras 1,5% das importações russas. Do total de exportações brasileiras, no máximo 1,5% foram destinadas à Rússia, e apenas 1% das importações totais foram russas. Um dos obstáculos encontrados neste sentido é o protecionismo russo – que vem diminuindo a partir das negociações da Rússia no ambito da OMC -, que obriga o Brasil a diversificar suas exportações. Assim a possibilidade de estímulo ao aumento das exportações de carne, café solúvel, e soja por exemplo, são enormes. Ainda existe a possibilidade de um aumento da pauta, com a inclusão de manufaturados tais como sucos concentrados, têxteis e calçados, e ainda produtos de alto conteúdo tecnológico como aeronaves civis.


Os obstáculos em relação às exportações são maiores que para outros países, pois vários são os problemas na cadeia de comercialização, como exemplo as commodities que ainda são transacionadas por intermediários internacionais, na maioria europeus, que além do domínio comercial e financeiro, tiram vantagem da desconfiança entre os empresários brasileiros e russos, em um mercado pouco conhecido.


O espaço para o crescimento das importações oriundas da Rússia, é a tecnologia complementar à brasileira, além de um interesse na realização de projetos em parceria visando setores da alta tecnologia como energia nuclear, e a indústria de aviação e espacial. Contudo, os obstáculos nas importações também se concentram nas desconfianças. Outra vez os motivos históricos se monstram salientes: a crença de que os empresários russos não possuem competências de gerenciamento, além do fato de que as mudanças sistêmicas na Rússia geram outras dificuldades, além da fragilidade dos bancos russos, que precisam buscar parcerias nos mercados emergentes para adquirir a confiança necessária.


Entretanto, nos dois lados das negociações, o enfrentamento destes obstáculos é iminente. Tanto o Brasil quanto a Rússia fazem parte do grupo de países emergentes que lutam contra o protecionismo dos países desenvolvidos – USA e Europa -, e possuem fortes interesses em ampliar suas negociações em novos mercados, além é claro, do comprometimento brasileiro em aumentar suas exportações para esses países.


Assim, as perspectivas comercias entre os dois países são muito otimistas, pois as situações conjunturais em que se encontram, estabelecem uma reciprocidade tamanha em relação ao comércio. Os mercados russos carecem de produtos do agronegócio e outras commodities brasileiras, além de demanda para os seus produtos, e o Brasil ter por objetivo ampliar suas exportações e investir em tecnologia, como a proposta da venda de aviões russos à Aeronáutica Brasileira, com inclusão da transferência de tecnologia.


É válido ressaltar que os interesses são comuns na ampliação desse mercado, tanto que em encontro recente, o presidente Lula, em sua quarta visita a Moscou, fez uma indicação da importância associada por ambas as nações ao desenvolvimento de novas relações que refletem o crescente poder econômico e político dos países do BRIC. Lula e Medvedev também assinaram um acordo de parceria estratégica que irá mapear a trajetória de desenvolvimento da relação entre os dois países, disse o Kremlin. O pacto faz um apelo para uma cooperação maior em energia - através da qual a Rússia está oferecendo tecnologia de energia nuclear e de liquefação de gás ao Brasil-- e em áreas de alta tecnologia como exploração espacial e construção de aviões, disseram autoridades de ambos os países. Tanto Lula quanto Medvedev dizem estar confiantes de que o comércio entre Brasil e Rússia poderia superar 10 bilhões de dólares ainda este ano.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Meu Brasil, brasileiro...

Saúde tem pior nota em novo índice da ONU para o Brasil

IVH avalia valores humanos nas áreas de trabalho, saúde e educação

10 de agosto de 2010 | 17h 03

O novo índice de valores humanos divulgado nesta terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela um desempenho mais baixo do Brasil em termos de saúde do que em trabalho e educação, os três setores avaliados.

Veja também:


O Índice de Valores Humanos (IVH) é composto pelos subíndices de trabalho, saúde e educação e, segundo seus idealizadores, é uma tentativa de levar em conta a importância dos valores humanos para os processos de desenvolvimento.

Em uma escala de zero a 1, sendo 1 o melhor resultado, o Brasil tem um IVH de 0,59. Quando o tema é trabalho, o resultado foi de 0,79. Na educação, o índice ficou em 0,54, e na saúde, em 0,45.

Em vez de se concentrar em dados como expectativa de vida ao nascer e taxa de alfabetização, por exemplo, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que classifica todos os países membros das Nações Unidas, o novo indicador foi elaborado a partir das experiências da população brasileira em termos mais subjetivos, como tempo de espera para atendimento médico ou situações de prazer e sofrimento no trabalho.

"A ideia era construir um indicador que partisse do relato das pessoas", diz o coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil 2009/2010, Flávio Comim.

Segundo Comim, que é economista-chefe do Pnud, o IVH só é realizado no Brasil e é um projeto-piloto, com o propósito de lançar uma metodologia que inclua uma maneira mais humana de medir o desenvolvimento.

"Vamos ver como vai ser recebido para determinar sua periodicidade", diz o economista.

Saúde

Para chegar ao resultado, 2.002 pessoas foram entrevistadas em 24 Estados.

O IVH do Brasil em saúde foi de 0,45. A avaliação considerou o tempo de espera para atendimento médico ou hospitalar, a facilidade ou não de compreensão da linguagem usada pelos profissionais de saúde e o interesse da equipe médica percebido pelo paciente.

Na comparação por regiões, o Sul e o Sudeste apresentaram o maior IVH, ambas com 0,62, acima da média do Brasil, de 0,59. A região Norte foi a que apresentou o menor índice, com 0,50.

Segundo os autores do relatório, o baixo valor da região Norte pode ser atribuído principalmente à dimensão da saúde, com índice de 0,31, bem abaixo da média nacional de 0,45 nesse quesito.

De acordo com o documento, 67% dos moradores da região Norte consideram demorada a espera para receber atendimento médico e apenas 38% dizem que a linguagem utilizada pelos profissionais da saúde é de fácil ou razoável compreensão.

Trabalho e educação

O IVH relacionado ao trabalho foi calculado a partir da avaliação de 17 experiências relacionadas ao prazer no trabalho, como realização profissional e liberdade de expressão, e outras 15 ligadas ao sofrimento, como fatores de esgotamento emocional e falta de reconhecimento.

O índice do Brasil nesse caso foi de 0,79. A avaliação levou em conta o número de vezes que o trabalhador experimentou essas experiências nos seis meses anteriores ao questionário ou no último emprego.

No caso da educação, a média brasileira foi de 0,54. Esse subíndice levou em conta os valores das famílias, dos alunos e dos professores.

Para isso, o Pnud avaliou quais os conhecimentos considerados pelas famílias mais importantes na formação e como são as relações de alunos e professores no sistema educacional.

Na maior parte do país, 36,2% dos entrevistados responderam que a educação deve dar prioridade a conhecimentos para formar um bom cidadão.

A exceção foi a região Norte, onde 40,4% consideram que o mais importante são conhecimentos para conseguir um bom emprego.

Relatório

O IVH faz parte do Caderno 3 do Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil 2009/2010.

O caderno inclui ainda exemplos e boas práticas de políticas de valor, com recomendações para contribuir para os dois objetivos principais definidos pela população brasileira na Campanha Brasil Ponto a Ponto, realizada no ano passado: redução da violência e melhoria da qualidade da educação.

Os idealizadores do IVH também chegaram à conclusão de que a percepção dos valores humanos no Brasil depende do nível de renda individual - e, em geral, quanto maior a renda, melhor a avaliação dos valores.

Os resultados também indicam que, quanto maior o nível de escolaridade, melhor o IVH. Essa tendência, porém, se inverte em relação ao índice específico de educação, em que pessoas com maior nível de escolaridade registraram IVH mais baixo.

Quando avaliadas as diferenças de gênero, o IVH de trabalho é maior para homens (0,82) do que para mulheres (0,76).

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Comentário: Eu sempre tive um grande interesse em me aprofundar nos estudos sócio-econômicos, principalmente nas áreas da educação e da saúde. Sem sombra de dúvidas o projeto do IVH é um grande passo para que o Brasil consiga, de alguma forma, mensurar e diagnosticar a realidade brasileira. Contudo, acho que ainda falta muito para considerar o Brasil numa potência mundial. Enquanto houver pessoas morrendo por falta de atendimento médico ou pelas mãos de uma pessoa que se entitula como profissional da saúde, não há como prosperar com essas cicatrizes. E no que tange à educação, é a frase de Pitágoras: "Eduquem as crianças e não será necessário punir os homens". O desenvolvimento econômico e social é construído através da educação, com aprimoramento da didádica escolar que proporcione ao Brasil capital intelectual suficiente para que não precisemos importar...