terça-feira, 27 de julho de 2010

Estou lendo...

A imagem da capa do livro é pequena, mas espero que fiquem curiosos o suficiente para lê-lo. Muitos parágrafos me chamaram a atenção (sem contar que o prefácio foi escrito por nada mais, nada menos que Bono - U2). A forma como o grande Economista Jeffrey Sachs descreve os países em que ele visitou, as disparidades encontradas, nos levam a visualizar e até mesmo sentir o que se passa na África, Índia ou na China. Um mundo cheio de contrastes, que nos faz (economistas) a pensar em como lidar com toda essa máquina chamada capitalismo, transformando-a em uma ferramenta poderosa contra a pobreza.

Sachs diz que, se adotadas tais medidas citadas no seu livro, é possível SIM acabar com a pobreza. Quando falo em pobreza, trato com mesma realidade descrita no livro: pessoas que não possuem condições mínimas de sustento. Existe pobreza, mas nos voltemos para a miséria. Essa palavra, que soa dentro do peito como um vazio extemo, é a vida de milhões de pessoas. E que Sachs transmite de maneira detalhada e comovente.

Mas a mensagem que até agora me marcou (ainda não li o livro todo) é:

"...A comunidade do desenvolvimento carece dos padrões éticos e profissionais necessários. Não estou sugerindo aos economistas que sejam corruptos e aéticos; casos desse tipo são raros. Quero dizer que a comunidade da economia do desenvolvimento não leva seu trabalho com o senso de responsabilidade que a tarefa exige. Oferecer assessoria econômica a outros requer um profundo compromisso com a busca das respostas certas, e não se satisfazer com abordagens superficiais. Exige o compromisso de estar totalmente embebido na história, etnografia, política e economia de qualquer lugar em que o consultor profissional esteja trabalhando. Requer também compromisso de dar conselhos honestos, não somente ao país em questão, como à agência que o contratou e enviou. Nem todos os problemas que o mundo empobrecido enfrenta têm origem endógena, nem todas as soluções serão encontradas na boa governança, no aperto de cinto e em mais reformas de mercado..."

Ao ler isso, refleti muito sobre o meu papel perante a sociedade.
Economistas podem mudar o mundo, leiam esse livro e entenderão o que eu digo!

Um abraço.

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