Por Clemente Nobrega
Minha coluna na ÉPOCA NEGÓCIOS de setembro trata do seguinte:
A economia do grátis, tema do livro FREE de Chris Anderson, suscita perguntas assim: ”os livrosvão acabar mesmo? O que vai ser do médico? O professor vai desaparecer ou é a escola que vai?”.
Tentamos adivinhar o futuro, mas FREE é sobre uma tendência econômica, não responde a casos particulares. O que responderia? Marketing. A lei número 1 do marketing é eterna. Diz que só pagamos por algo (digital ou não) que nos ajude a realizar uma “tarefa” (um job to be done como diz Clayton Christensen, especialista em inovação).
Nós é que decidimos as “tarefas” que queremos realizar. Havendo uma , a primeira pergunta do comprador da solução é: “isso realiza a tarefamesmo?”. Pense nos primeiros telefones celulares: pesados, sinal ruim, bateria anêmica, mas a “tarefa”- “quero me comunicar de onde estiver” - era realizada. A funcionalidade era ruim,mas era a que havia. A competição força a melhora da funcionalidade e, quando isso ocorre,a pergunta do comprador muda: “ok,funciona,mas é confiável?Não vou me aporrinhar depois?”.
O Viagra percorreu rápido essas duas fases. Sim, realizava a “tarefa”.Não, não tinha efeitos colaterais. O comprador passa então a buscar comodidade (conveniência) para comprar, usar e obter suporte. O celular fica fácil de manusear. Compra-se Viagra por telefone, sem receita. Processos amigáveis (venda e pós venda) é que decidem a compra.
A Dell liderou em PCs enquanto foi mais “conveniente” em compra-entrega-suporte. Preço só fica decisivo quando funcionalidade, confiabilidade e conveniência estão amplamente disponíveis para a “tarefa” a realizar. Tudo o mais sendo igual,compro o mais barato.
Voltemos ao FREE. Qual a “tarefa” que um livro realiza?Depende.
Leia mais: http://www.clementenobrega.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário