Curitiba perdeu a posição de liderança entre as capitais brasileiras com maior desenvolvimento municipal humano no ranking elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal 2006 foi divulgado no domingo (23) e está a disposição no site da instituição. Entre 2005 e 2006 Curitiba apresentou um alto desenvolvimento, acima de 0,8% de crescimento, mas as capitais Vitória e São Paulo evoluíram ainda mais. No Paraná, a cidade de Londrina(Norte) ficou na primeira colocação entre os municípios com maior desenvolvimento no estado.
De acordo com a pesquisa, Vitória apresentou um IFDM de 0,8642 em 2006 e ficou na primeira posição. São Paulo aparece na sequência com 0,8568 e Curitiba com 0,8546. O estudo é composto por índices de emprego e renda, educação e saúde. Neste último quesito, Curitiba foi a capital que teve o maior índice com 0,9294 de IFDM. Nenhuma outra apresentou melhor desempenho.
Segundo a assessoria de imprensa do Firjan, a defasagem para apresentar os dados é em razão de o estudo utilizar apenas estatísticas oficiais. Somente agora em 2009 foi possível reunir ao mesmo tempo dos dados dos ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho. A primeira pesquisa foi divulgada no ano passado e era referente aos números de 2005. “Curitiba está bem posicionada no ranking. Ela avançou entre 2005 e 2006, mais Vitória e São Paulo cresceram mais. Curitiba está classificada com alto índice de desenvolvimento, acima de 0,8%”, explicou Patrick de Carvalho, chefe de desenvolvimento de estudos econômicos da Firjan.
Carvalho explicou que o estudo foi criado para que exista uma pesquisa com recorte municipal, com periodicidade anual e abrangência nacional. “Existe o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas), mas ele só é divulgado a cada 10 anos, seguindo os dados do censo habitacional”, disse.
Metodologia
O IFDM considera, com igual peso, três áreas de desenvolvimento humano: emprego e renda, educação e saúde. Os dados variam entre 0 e 1, sendo o quanto mais próximo de 1 o maior nível de desenvolvimento. O estudo segue as seguintes classificações: municípios com IFDM entre 0 e 0,4 são considerados de baixo estágio de desenvolvimento; entre 0,4 e 0,6, de desenvolvimento regular; entre 0,6 e 0,8, de desenvolvimento moderado; e entre 0,8 e 1, de alto desenvolvimento.
Queda
Além do ranking nacional do IFDM, Curitiba também perdeu terreno dentro do estado. Londrina (Norte) aparece como cidade mais desenvolvida do Paraná, com IFDM de 0,8634. Maringá (Noroeste) é a segunda colocada com 0,8621. Na terceira posição está Pinhais, na região metropolitana, com 0,8582 e Curitiba é a quarta colocada: 0,8546 de IFDM.
Entre os anos de 2005 e 2006 Curitiba teve uma variação de 0,4% de crescimento do IFDM, saindo de 0,8150 para 0,8546. O crescimento de emprego e renda de Curitiba foi de apenas 0,3% entre 2005 e 2006. Cuiabá que liderou esse quesito teve 34,7%. Belo Horizonte, 15,6%. Na área de educação Curitiba ficou na sétima posição, com um decréscimo de -0,6%. Neste índice, somente Rio Branco (3,1%), Manaus (0,8%), Salvador (0,5%) e Vitória (0,1%) apresentaram crescimento. Na área de saúde, Curitiba teve uma variação de 1,4% de crescimento.
Investimentos
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba, o município continua investindo nessas três áreas pesquisadas pela Firjan. A prefeitura explica que os índices da cidade não caíram, mas proporcionalmente as outras cidades apresentaram um crescimento mais elevado.
"Os resultados da pesquisa mostram que Curitiba está muito acima da média brasileira nas três áreas avaliadas, o que é positivo. A avaliação da saúde, por exemplo, se aproxima do índice máximo. Os números também mostram que estamos avançando em todas as áreas. Isso porque mantemos um ritmo forte de investimentos. Só em saúde e educação são mais de R$ 4 bilhões nos últimos quatro anos. As próximas pesquisas devem mostrar o resultado desse trabalho", afirmou Luciano Ducci, vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, por meio da assessoria de imprensa.
